Mudamos o mundo com o toque dos dedos. Pagamos contas, pedimos comida, declaramos impostos e agendamos consultas sem sair do sofá. Mas o lixo… continua analógico, invisível, ignorado.
Vivemos a era da transformação digital, onde o smartphone substituiu agências bancárias, guichês de atendimento e prateleiras inteiras. No entanto, quando o assunto é lixo, ainda caminhamos no escuro. Em pleno 2025, o Brasil destina 47 milhões de toneladas de resíduos a lixões a céu aberto, enquanto apenas 4% de tudo que é gerado é reciclado. A lógica da obsolescência se impõe ao passo em que ignoramos a lógica da circularidade.
Por que, então, o lixo ainda é tratado como um problema invisível, e não como um recurso estratégico?
O Catalog nasce para reverter esse ciclo improdutivo. Trata-se de uma plataforma digital de rastreamento e logística reversa que transforma cada embalagem em um dado auditável, cada resíduo em valor. Com ele, o descarte não apenas é registrado: é rastreado, certificado e revertido em impacto positivo. Desde o momento do consumo até a reciclagem, o ciclo é fechado — com comprovação legal, benefícios fiscais e dados em tempo real.
A plataforma já foi testada em diferentes contextos — de condomínios de alta e baixa renda a supermercados e cooperativas. Em todos os casos, o impacto é nítido: mais reciclagem, menos resíduos em aterros, geração de renda digna para catadores e melhor gestão pública. Em uma simulação feita para o município de Itú (SP), o Catalog seria capaz de gerar mais de R$ 15 milhões por ano em receita a partir da comercialização de recicláveis e créditos de carbono.
E o ganho não é apenas financeiro. É ambiental, ao evitar a emissão de mais de 1.000 toneladas de CO₂ por ano; é social, ao incluir milhares de famílias na cadeia produtiva; e é educativo, ao engajar crianças, escolas e comunidades no cuidado com os resíduos.
Chegou a hora de parar de ver o lixo como fim e enxergá-lo como começo. Com o Catalog, é possível. Basta um clique — e a mudança começa.