O desafio que os gestores ambientais não podem mais adiar

Você já mudou sua logística, aprimorou relatórios e incorporou métricas de ESG à rotina corporativa. Mas e as embalagens que circulam diariamente nas mãos de 220 milhões de brasileiros? Para onde vão? Permanecem invisíveis, fora do alcance dos seus indicadores e, pior, fora do alcance do seu controle regulatório. Este é o ponto cego que o mercado não pode mais ignorar.

O Brasil gera cerca de 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano e recicla apenas 4% desse volume. Só na cidade de São Paulo, mais de 1 milhão de toneladas de materiais recicláveis são destinadas a lixões, representando uma perda anual de R$ 749 milhões. Dados como estes expõem um problema crônico: a rastreabilidade dos resíduos pós-consumo é fragmentada, onerosa e ineficiente. Mais de 3 mil lixões a céu aberto recebem 47 milhões de toneladas de lixo por ano, impactando a saúde pública e o meio ambiente.

Enquanto isso, a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos impõe responsabilidades compartilhadas, mas a implementação ainda é desigual: 53% dos municípios estavam fora de conformidade já em 2014. O resultado? Um ciclo de custos elevados, riscos reputacionais e oportunidades desperdiçadas. Gestores ambientais enfrentam hoje uma exigência que vai além do compliance: precisam provar impacto, gerar dados auditáveis e comprovar destino correto de cada embalagem.

Com esse problema em vista, surge o Catalog que deixa de ser apenas uma ideia e se torna uma solução de mercado disruptiva. Não se trata de um aplicativo isolado, mas de uma plataforma completa que integra toda a cadeia de logística reversa e coleta seletiva, instituida com tecnologias como blockchain, IoT e big data:

  • Rastreia cada embalagem desde o consumidor até o centro de triagem (CDTR), com QR Codes, georreferenciamento e relatórios auditáveis.
  • Gera certificados de logística reversa, índices de reciclagem e monitoramento de emissões de GEE evitadas.
  • Reduz custos operacionais e aumenta a eficiência, transformando passivo ambiental em ativo financeiro, com créditos de carbono e ICMS Ecológico.
  • Integra cooperativas, catadores e prefeituras em uma rede de economia circular.

Casos reais já provam a eficácia: em Guaratinguetá/SP, o projeto Amigos do Lixo catalogou quase mil resíduos, melhorando a segregação e permitindo notas fiscais de entrada e saída com base em dados rastreáveis. Em condomínios de Santo André/SP, famílias acompanharam em tempo real o destino de cada embalagem, melhorando a qualidade do material entregue e reduzindo tempo de triagem.

O impacto é escalável: imagine replicar resultados como os de Itú/SP, onde simulações apontam potencial de R$ 600,48 por família ao ano apenas com resíduos recicláveis, além de uma receita de R$ 3,4 milhões/mês por CDTR e a redução de milhares de toneladas de CO₂.

O desafio está lançado: se sua empresa ainda não sabe onde foram parar suas embalagens pós-consumo, você está perdendo valor, dados e futuro. O Catalog transforma essa dor crônica em vantagem competitiva e abre caminho para um mercado onde resíduos não são custo, mas oportunidade.

Não tenha medo da inovação, tenha medo de ficar para trás.

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